sexta-feira, 13 de maio de 2011
Uma, eu te amo!
Depois de dormir às 5h30 da manhã, claro que perdi le petit déjeuner. Mas tudo bem, eu durmo muito pouco e não dá para se ter tudo nessa vida.
Saímos para assistir ao filme do Nanni Moretti, “Habemus Papam”. Sentamos super bem, mas dessa vez tinha um cabeçudo na minha frente. Pra vc ver como é que são as coisas, a sala era o Grand Théàtre Lumiére, a principal sala do “complexo” Palais du Cinema, mas sofri para poder ver o filme.
Moretti dá um soco na igreja católica. Como o nome prenuncia, o filme é uma ficção sobre a eleição de um novo papa que... é melhor vc ir ver. Certamente o filme será exibido no Brasil, Moretti é um diretor consagrado, que já ganhou aqui mesmo em Cannes a Palma de Ouro com "O Quarto do Filho" (2001) e é claro que terá distribuidor. Eu sei que os jornais vão entregar tudo que eu não vou dizer, mas não gosto que me contem filme que não vi, então serei coerente e tb não contarei.
Depois da sessão, ficamos naquela “e aí”? Depois de pensar um pouco, resolvemos voltar ao hotel, comer e dar uma descansada. Pedimos aqui em frente, um super restaurantezinho fofo, charmoso e barato uma salada e um crepe de salmão e fomos comer no quartinho mesmo.
Fiquei estressada com um desaparecimento súbito de um post anterior, mas acabei fazendo algo raro: dormi à tarde. Um pouco depois, a Priscila apareceu com um convite para jantarmos com um amigo americano que tinha conhecido no Marché. O convite era promissor: seria no Carlton, um dos hotéis mais chics da Croisette. Modelito noite e vamos lá.
Mas olha, no caminho, vendo ali no calçadão croisettano as pessoas, o telão do Cinema Du Plage e outras coisas mais, o meu lado blasé suburbano falou forte e joguei pro alto o jantar chique. Resolvi tomar sorvete de dois euros vendo o cinema na praia enquanto aguardava minha amiga Vik vir me encontrar.
Vik é uma queridona de todos nós do Festival do Rio, uma inglesa que nasceu e mora até hoje em Santa Teresa. Como eu, Vik gosta de andar e foi a companhia perfeita!
Andamos por uns lados que eu super queria conhecer, umas ladeirinhas por dentro do bairro, cheiiiiia de bares lindos, maravilhosos, típicos e elegantérrimos, com muita gente fazendo boemia. Pinto no lixo!!! Subimos ladeiras acima até chegarmos a um castelo que a gente vê lá de baixo. É um museu. Por acaso estava tendo uma festa de quê? Um croissant para quem respondeu gente de cinema, no caso, canal Plus. Cagamos baldes e ficamos vendo a belíssima paisagem de Cannes pelo alto. Lindo!
Quis voltar por onde tínhamos vindo. Queria agora desfrutar dos barzinhos queridos, queria boemia e gente na veia. Ao descer, cruzamos assim, como quem não quer nada, com um bonitão moreno bem elegante acompanhado de uma loura que já foi mais bonita mas que mantém seu charme. Os nomes? Antonio Banderas e Melanie Grifith. O lado blasé balançou um pouco mas se manteve firme. Dei um sorriso de alegria e mantive o passo.
Acabamos escolhendo um barzinho bem simpático que tinha a cara do nosso bolso.
Ao sentarmos, olhamos pro lado e...gente de cinema, puxa, como vc adivinhou? Mas dessa vez eram uns amigos brasileiros: o curta-metragista (Simpatia do Limão) Miguel de Oliveira, sua esposa e produtora Monica Vilela, o diretor Felipe Joffily (Muita calma nessa hora) e uma moça que eu ainda não conhecia, a super simpática e gentil Alessandra Felix. Juntamos a mesa e ficamos ali, papeando e nos divertindo.
No meio da conversa, olho pro lado e vejo Banderas e Melanie descendo a ladeira. Mostrei para os amigos de mesa, Miguel puxou uns aplausos e foi uma cena muito legal, todos ao redor aplaudindo Banderas passar. Ele, alegrinho que só, deu maior sorrisão, uma remexida nos quadris e seguiu seu caminho.
Continuamos nossa agradável conversa e uns cinco minutos depois, vejo de relance ela, a minha musa, a mulher mais linda o cinema mundial: Uma Thurman.
Genteeeeee!!!!! O que se sucedeu foi algo do fundo da minha alma. Mais rápido do que a espada de Samurai do Kill Bill, com os pulmões cheios e sem ninguém entender nada, eu gritei: UMA, I LOVE YOUUUUUUU!
Miguel e Felipe, quando se deram conta, saíram atrás dela e eu tb claro. Agarrei o braço do Felipe e nós dois, querendo ser os tietes mais educados do mundo, ficamos a dois metros da Deusa Thurman, rindo e babando, não necessariamente nessa ordem. Ficamos ali, parados, até nossa diva entrar num carro e ir embora.
Voltamos felizes e extasiados para a nossa mesa, onde ficamos nos gabando da sorte incrível que a gente teve.
E já são 6h da manhã e eu aqui contando essa história para vcs.
Ai ai...
Hoje o dia será sério (ai ai ai):
13h – entrevista com o elenco de “Trabalhar cansa” para o CINEMA EM SINTONIA.
13h30 - entrevista com os diretores de “Trabalhar cansa” para o CINEMA EM SINTONIA.
14h – espero encontrar Vivian Ostrovsky
Fim da tarde – coquetel no stand do Cinema do Brasil e quem sabe mais alguns depoimentos pro CINEMA EM SINTONIA.
Noite – só conto depois que acontecer para não entrar areia.
Acho que meu petit déjeneur vai precisar ser regado de RedBull.
Bonjour à touts.
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