sexta-feira, 13 de maio de 2011

Primeiro filme em Cannes



Ontem foi um dia intenso!
Assisti à primeira sessão do brasileiro “Trabalhar cansa”, de Juliana Rojas e Marco Dutra, às 14h, que foi também o primeiro filme que assisti em Cannes. Gente, quando as luzes se apagaram e apareceu a vinheta do Festival, eu sentadinha naquela poltrona suuper confortável da Sala Debussi, olha, devo confessar que foi uma emoção. Meus filhos Ian e Igor sempre me dizem que eu sou blasé pq digo que não me abalo facilmente com essas coisas. Pois olha, filhos, dessa vez sua mãe balançou na base. Bateu na espinha um “Carai, tô assistindo uma sessão privé em Cannes!” Uhuuu!!!

Fui uma das últimas a entrar, a sala estava lotada e não era de brasileiros, ok? A fila para assistir ao filme produzido por Sara Silveira estava enorme e eu e Claude estávamos no grupo das últimas vinte pessoas a entrar. Sara é poderosa!

Sentei na última fileira, mas vi o filme tranquilamente, sem nenhuma cabeça na minha frente. A arquitetura da sala é perfeita, realmente pensada para ter excelente visão da tela, esteja vc sentado no lugar que for. Um luxo.

O filme da dupla de diretores não é um filme fácil, mas eu gostei. É o primeiro longa deles, e tem lá seus tropeços, mas nada que comprometa, muito pelo contrário. Não sou critica e nenhuma grande analisadora, mas reconheço em “Trabalhar cansa” a personalidade impressa em “Um ramo”, curta-metragem dos mesmos autores, que inclusive, investiram na mesma atriz, Helena Albergaria.

Quando o filme acabou, lá fomos nós bater pernas. Andamos prum lado que ainda não tínhamos explorado e descobrimos a praia da Croisette, cheia de barraquinhas de – adivinha! – gente de cinema, com uma enorme estrutura para o Cinema de La Plage.


Andamos, andamos e paramos para comer num lugar legal, com bon marché e boa comida. Aliás, parênteses: como os franceses são simpáticos aqui. Dá até gosto!

Bom, depois de degustar um polet bem picante, fomos para a fila do novo filme de Gus Van Sant, o mesmo diretor de Milk (aquele maravilhoso com o Sean Penn), que eu adoro. Vcs não vão acreditar no tamanho da fila. Eu me dei ao trabalho de gravar com o celular o tamanho da bicha (como dizem os portugueses). Na boa, deu quase 2 min de gravação. Vou tentar postar aqui para quem achar que virei pescadora.



Aí, um detalhe. Essa pessoa que vos escreve tem alta sensibilidade à mudança de água. Como aqui se bebe água da torneira, eu caí nessa asneira, e aí... bom, minha barriguinha parecia a segunda guerra mundial, ou, para ser mais atual, o bombardeio que o Obama fez na cabeça do Osama. Sucumbi. Larguei minha amiguinha na fila e peguei a van para o hotel. Vim sofrer sozinha.

Passei a tarde sofrendo de dor de barriga e de abstinência de internet que não queria dar o ar de sua graça de jeito nenhum. Depois de muita irritação por esses e outros males que rolaram mas que eu nem me darei ao trabalho de comentar, resolvi que eu tinha era que sair daquele quarto correndo. E foi o que eu fiz. Ponto para mim.

A lua estava linda e saí munida do meu gravador para registrar depoimentos para o CINEMA EM SINTONIA dos brazucas que – agora sim - estavam em peso prestigiando a segunda sessão do filme de Rojas, Dutra e Silveira. Encontrei vários amigos queridos, saímos para comemorar a estréia e depois voltamos ao nosso albergue, digo, hotel Maeva.



E vamos interromper novamente que já são 5h20 da manhã e eu ainda não dormi.
Louca!

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