terça-feira, 31 de maio de 2011

Paperblog

Nosso blog foi convidado a fazer parte dos colaboradores do Paperblog.Assim sendo, valido a inscrição do meu blog ao serviço de Paperblog sob o pseudónimo cinemaemsintonia.
Que venham coisas boas dessa parceria.

The man who knows too much!



Quando eu entrei na faculdade, queria fazer jornalismo, mas fui tomada pelo outro curso que fazia parte da Faculdade de Comunicação Social da UFF: o curso de cinema. Todos os dias da minha vida eu agradeço ter parado naquela universidade, à noite, naquela casinha cor de rosa do outro lado da Baía de Guanabara, onde encontrei pessoas que marcariam minha vida para todo sempre. A/UFF D/UFF!

Mas, voltando ao que dizia, lembro bem que uma vez alguém, sabendo que eu estudava cinema, me perguntou quem era meu diretor americano favorito. Eu, do alto dos meus 17 anos (sim, eu era um bebê quando entrei na faculdade, o que hoje eu acho um absurdo, mas na época, me achava o máximo...), bem do alto dos meus mal (in)formados 17 anos, querendo arrotar algo que não sabia, disparei: Ingmar Bergman (eu tinha visto "Morangos mofados" e ele era o diretor mais cult que eu passava a conhecer). Meu deus! Santa ignorância, batman. Ingmar Bergman, como todo mundo sabe - menos eu até então - é um diretor sueco, pra começar. E na boa, com todo respeito ao mestre, nem de longe ele era um diretor que eu gostava. Mas eu queria impressionar, e, aos 17 anos, vc acha que tá valendo tudo, inclusive ser alguém que vc não é.

Mas eu estou confessando essa baboseira toda só para anunciar que entra em cartaz nessa semana uma retrospectiva de um diretor americano que eu realmente amo: Alfred Hitchcock. Conheci Mr.H nas aulas da UFF, claro. E foi amor à primeira vista. Ou à primeira janela.

Assisti ao "Janela indiscreta", uma obra prima do cinema mundial, uma aula de cinema, onde o protagonista é um fotógrafo que está preso numa cadeira de rodas devido a uma perna quebrada e, como bom voyer que era (claro, é um fotógrafo!), tem como diversão bisbilhotar a vida dos vizinhos.
O que poderia ser um tédio, toma rapidamente ares tensos e intensos, com o sumiço de uma das vizinhas. Bem, eu creio que todo mundo já viu esse filme e sabe a história de cor (se não viu, não perca!). Mas a partir desse filme encontador, passei a assistir a tudo que tinha o charuto do gordinho.




E é com alegria e satisfação que informo que a mostra Hitchcock exibe 54 longas-metragens, 5 curtas e seus trabalhos para a TV – 117 episódios da série Alfred Hitchcock Presents, somando 8.954 minutos de suspense (como bem somou o release).



Serão seis semanas inteiramente dedicadas a Hitchcock no Rio e em São Paulo, com curso gratuito (12 aulas, 6 professores), masterclass, debates, sessões especiais de filmes mudos com música e narração ao vivo e a edição de um catálogo de 400 páginas com distribuição gratuita, com vasto material iconográfico, filmografia e textos inéditos.

Oba!!!!
Barba, cabelo e bigode do careca! Tô feliz que nem pinto no lixo! Quero ver em 35mm a ferocidade dos pássaros na cidadezinha Bodega Bay,


a vertigem do corpo que cai, a psicose da Mansão Bates e o plano sem cortes daquele festim diabólico.



Só lamento não estar em SP para assistir a mesa de debates com o Zé do Caixão. Esse vai ser um programa imperdível que perderei, mas estarei aqui para ouvir os preciosos comentários do Avellar e da Patrícia Rebello (dois grandes colaboradores do CINEMA EM SINTONIA).

Bom, está dado o recado. Se quiser saber mais, ouça o Arte em Movimento CINEMA EM SINTONIA (94,1 FM, quinta às 12h30), quando o curador Arndt Roskens vai nos dizer tudo sobre a mostra.

Queria ter conhecimento, inteligência e talento para falar muito mais sobre Mr.H para vcs, mas vou ficar devendo para a próxima reencarnação.

Enquanto isso, vejo vcs no CCBB:

HITCHCOCK
www.mostrahitchcock.com.br
Produção e Realização: Centro Cultural Banco do Brasil
Curadoria: Arndt Roskens
bb.com.br/cultura

Rio de Janeiro:

1º de junho a 14 de julho de 2011 (terça-feira a domingo)
Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro – Sala de Cinema 1 (102 lugares)
Rua Primeiro de Março 66, Centro, tel (21) 3808-2020
CINEPASSE: R$ 10,00 e R$ 5,00 (meia), válido por 30 dias, para acesso às mostras de cinema (Cinemas 1 e 2), por meio de senhas, e à videoteca, por meio de agendamento. As senhas deverão ser retiradas 1h antes de cada sessão.


São Paulo:

15 de junho a 24 de julho de 2011 (quarta-feira a domingo)
Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo – Cinema (70 lugares)
Rua Álvares Penteado 112, Centro - tel (11) 3113-3651 / 3113-3652
Cinema: 70 lugares

Ingressos: R$ 4,00 e R$ 2,00 (meia-entrada)

ps: dedico esse post à minha amiga Paula Joory, que gosta de Mr.H como eu.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Grande Prêmio

Será amanhã, dia 31 de maio, a festa do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, que contempla a maior quantidade de categorias do cinema nacional. Traduzindo o simples: temos vários festivais que premiam os melhores filmes, temos o Prêmio ABC, que dá destaque aos técnicos, temos o ACIE (que por sinal, é hoje) que é a imprensa internacional palpitando, mas o Grande Prêmio é como o Oscar nacional, uma vez que são os associados da Academia Brasileira de Cinema, formados por diretores, produtores e técnicos que elegem os seus melhores.

E olha quanto prêmio:
I – Longa-Metragem

a) Melhor Filme de Ficção;
b) Melhor Filme de Documentário;
c) Melhor Filme de Animação;
d) Melhor Filme Infantil;
e) Melhor Direção;
f) Melhor Atriz;
g) Melhor Ator;
h) Melhor Atriz Coadjuvante;
i) Melhor Ator Coadjuvante;
j) Melhor Direção de Fotografia;
k) Melhor Direção de Arte;
l) Melhor Figurino;
m) Melhor Maquiagem;
n) Melhores Efeitos Visuais;
o) Melhor Som;
p) Melhor Trilha Sonora;
q) Melhor Trilha Sonora Original;
r) Melhor Montagem de Ficção;
s) Melhor Montagem de Documentário;
t) Melhor Roteiro Original;
u) Melhor Roteiro Adaptado;
v) Melhor Filme Estrangeiro;

II - Curta-Metragem
a) Melhor Filme de Ficção;
b) Melhor Filme Documentário;
c) Melhor Filme de Animação.

III – Televisão
a) Melhor Produção Independente em Telefilme;
b) Melhor Obra de Dramaturgia em Telefilme.


A Academia Brasileira de Cinema foi fundada em 20 de maio de 2002 com a finalidade de instituir o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro e contribuir para a discussão, promoção e fortalecimento do cinema como manifestação artística. Os indicados e vencedores são escolhidos pelo corpo de sócios da Academia, através de uma votação democrática com a auditoria da Pricewaterhousecoopers(wow!).

Vc pode ser um sócio
a) Fundador;
b) Acadêmico;
b) Benemérito;
d) Honorário.

Os Sócios Fundadores são aqueles que participaram da reunião de fundação da associação (acho que esse é mais fechado, né?);

Os Sócios Acadêmicos são aqueles, assim admitidos por indicação de 2 (dois) Sócios, aprovados pelo Conselho Deliberativo, e que contribuírem anualmente com quantia fixada pela Diretoria (eu não sei qual o valor exato, mas não é barato, não);

Os Sócios Beneméritos são aqueles Sócios Acadêmicos que, por indicação do Conselho Deliberativo e mediante a aprovação da maioria da Assembléia Geral, tenham prestado relevantes serviços a associação ou a cinematografia;

E os Sócios Honorários são aquelas personalidades de reconhecido mérito e ilibada reputação, assim admitidas por indicação do Conselho Deliberativo e aprovadas por decisão de 2/3 (dois terços) da Assembléia Geral.

Mas se vc não se encaixa em nenhum desses perfis, ainda assim vc pode usar seu poder de voto. Para tal, basta ir até a página http://academiabrasileiradecinema.com.br/ e participar do voto popular. Eu já votei!


Vamos dar uma lida agora em alguns trechos do release distribuído:

O crescimento do cinema brasileiro nos últimos dez anos pode ser percebido não só pela quantidade, mas pela qualidade e diversidade dos filmes produzidos. Fica evidente a importância do envolvimento de todos os segmentos do governo: federal, estadual e municipal estarem juntos com a iniciativa privada, apoiando e patrocinando a maior premiação do cinema nacional.

"É com enorme satisfação que patrocinamos o Grande Prêmio de Cinema, que há 10 anos escolheu e manteve o Rio de Janeiro como o palco dessa festa. A Secretaria de Estado de Cultura (SEC) tem trabalhado constantemente para estimular a cadeia produtiva e a economia do audiovisual no Rio de Janeiro. Nosso estado é fundamental na formação e divulgação de uma nova produção, de onde saem, sistematicamente, os filmes que tornam-se os maiores recordes de bilheteria do país", declara Adriana Rattes, Secretária de Estado de Cultura.

A grande festa, consolidada como a maior premiação do setor, foi denominada pela própria imprensa como “o Oscar brasileiro”. A cerimônia de entrega do troféu Grande Otelo acontecerá no dia 31 de maio de 2011, às 21h, no Teatro João Caetano, na Praça Tiradentes, no Rio de Janeiro. O público poderá acompanhar a transmissão do evento, ao vivo, pelo Canal Brasil e pelo site G1.

Cerca de 1.200 convidados, entre eles atores, atrizes, produtores, cineastas, diretores, exibidores e distribuidores do mercado cinematográfico passarão pelo tapete vermelho antes de entrarem no tradicional teatro carioca para a mais badalada premiação do setor.

(...)


O "casal Barretão", referência carinhosa ao casal Luiz Carlos e Lucy Barreto, que faz parte da história do cinema brasileiro das últimas décadas, será o homenageado da décima edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. Nas palavras do diretor Daniel Filho, "Não existe a história de um, sem o outro. Uma estória de amor e produção." Luiz Carlos e Lucy produziram mais de oitenta filmes brasileiros de curtas e longas metragens. Muitas dessas produções estão entre as mais importantes do cinema nacional, como “Terra em Transe”, “Dona Flor e Seus Dois Maridos”, “Bye Bye Brasil”, “O Que É Isso Companheiro?”, entre outros.


O Prêmio Especial de Preservação da décima edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro vai para a CINEOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto. Pioneira no circuito de festivais a destacar em sua programação o patrimônio cinematográfico brasileiro através da exibição de clássicos de nosso cinema, a CINEOP tornou-se um importante instrumento da preservação, memória e identidade da cultura brasileira, em contraponto ao cinema moderno nos mais diversos gêneros e formatos.

........

Bom, segue agora a lista dos indicados deste ano. Exerça seu voto, vá lá na página do Grande Prêmio e vote nos seus filmes favoritos.


Confira abaixo a lista dos indicados para a maior premiação do cinema nacional:


GRANDE PRÊMIO DO CINEMA BRASILEIRO 2011 – Finalistas


MELHOR LONGA–METRAGEM DE FICÇÃO



5 x FAVELA, AGORA POR NÓS MESMOS de Manaira Carneiro, Wagner Novais, Rodrigo Felha, Cacau Amaral, Luciano Vidigal, Cadu Barcelos, Luciana Bezerra. Produção: Renata de Almeida Magalhães e Carlos Diegues por Luz Mágica.

CHICO XAVIER de Daniel Filho. Produção: Daniel Filho por Lereby Produções Ltda.

MELHORES COISAS DO MUNDO, AS de Laís Bodanzky. Produção: Jasmin Pinho, Minom Pinho, Debora Ivanov, Gabriel Lacerda, Caio Gullane e Fabiano Gullane por Gullane Filmes.

OLHOS AZUIS de José Joffily. Produção: José Joffily e Heloisa Rezende por Coevos Filmes Ltda.

TROPA DE ELITE 2 de José Padilha.Produção: José Padilha e Marcos Prado por Zazen Produções.

VIAJO PORQUE PRECISO, VOLTO PORQUE TE AMO de Karim Ainouz e Marcelo Gomes. Produção: Daniela Capelato e João Junior por Rec Produtores.


MELHOR LONGA–METRAGEM DOCUMENTÁRIO

DZI CROQUETTES de Raphael Alvarez e Tatiana Issa. Produção: Tatiana Issa, Raphael Alvarez e Bob Cline por TRIA Productions e Paulo Mendonça por Canal Brasil.

HOMEM QUE ENGARRAFAVA NUVENS, O de Lírio Ferreira. Produção: Denise Dummont por Good Ju-ju.

JOSÉ E PILAR de Miguel Gonçalves Mendes. Produção: Miguel Gonçalves Mendes por Jumpcut, Fernando Meirelles e Bel Berlink por O2 Filmes, Augustin Almodóvar e Esther Garcia por El Deseo.

NOITE EM 67, UMA de Renato Terra e Ricardo Calil. Produção: Mauricio Andrade Ramos e João Moreira Salles por Video Filmes.

RITA CADILLAC – A LADY DO POVO de Toni Venturi.Produção: Toni Venturi por Olhar Imaginário e Sergio Kieling por Mamute Filmes Ltda.


MELHOR LONGA-METRAGEM INFANTIL

CASA VERDE, A de Paulo Nascimento. Produção: Marilaine Castro da Costa e Paulo Nascimento por Accorde Filmes Ltda.
EU E MEU GUARDA-CHUVA de Toni Vanzolini. Produção: Toni Vanzolini, Eliana Soárez, Leonardo Monteiro de Barros, Luiz Noronha e Pedro Buarque de Hollanda por Conspiração Filmes.
HIGH SCHOOL MUSICAL – O DESAFIO de César Rodrigues. Produção: Iafa Britz, Marcos Didonet, Walkiria Barbosa, Vilma Lustosa por Total Entertainment.


MELHOR DIREÇÃO

DANIEL FILHO por Chico Xavier
JOSÉ JOFFILY por Olhos Azuis
JOSÉ PADILHA por Tropa de Elite 2
KARIM AINOUZ e MARCELO GOMES por Viajo Porque Preciso, Volto Porque te Amo
LAÍS BODANZKY por As Melhores Coisas do Mundo


MELHOR ATRIZ

ALICE BRAGA como Elaine por Cabeça a Prêmio
CHRISTIANE TORLONI como Glória por Chico Xavier
GLÓRIA PIRES como Dona Lindú por Lula, O Filho do Brasil
INGRID GUIMARÃES como Alice por De Pernas pro Ar
MARIETA SEVERO como Manuela por Quincas Berro D’ Água


MELHOR ATOR

ÂNGELO ANTÔNIO como Chico Xavier (1931/1959) por Chico Xavier
CHICO DIAZ como Matuim por O Sol do Meio-Dia
MARCO NANINI como Odorico Paraguaçu por O Bem Amado
NELSON XAVIER como Chico Xavier (1969/1975) por Chico Xavier
PAULO JOSÉ como Quincas por Quincas Berro D’ Água
WAGNER MOURA como Nascimento por Tropa de Elite 2


MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

CASSIA KISS como Iara por Chico Xavier
DENISE FRAGA como Camila por As Melhores Coisas do Mundo
ELKE MARAVILHA como Avó por A Suprema Felicidade
LEANDRA LEAL como Liuba por Insolação
ROBERTA RODRIGUES como Renata por 5 x Favela, Agora Por Nós Mesmos
TAINÁ MULLER como Clara por Tropa de Elite 2



MELHOR ATOR COADJUVANTE

ANDRE MATTOS como Dep. Fortunato por Tropa de Elite 2
ANDRÉ RAMIRO como André Mathias por Tropa de Elite 2
CAIO BLAT como Artur por As Melhores Coisas do Mundo
CASSIO GABUS MENDES como Padre Julio Maria por Chico Xavier
HUGO CARVANA como Dos Santos por 5 x Favela, Agora Por Nós Mesmos
IRANDHIR SANTOS como Diogo Fraga por Tropa de Elite 2


MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA

GUSTAVO HADBA por Lula, O Filho do Brasil
LAURO ESCOREL por A Suprema Felicidade
LULA CARVALHO por Tropa de Elite 2
NONATO ESTRELA, ABC por Chico Xavier
TOCA SEABRA por Quincas Berro D’ Água



MELHOR DIREÇÃO DE ARTE

ADRIAN COOPER por Quincas Berro D’ Água
CASSIO AMARANTE por As Melhores Coisas do Mundo
CLAUDIO AMARAL PEIXOTO por Chico Xavier
CLÓVIS BUENO por Lula, O Filho do Brasil
TIAGO MARQUES TEIXEIRA por Tropa de Elite 2

MELHOR FIGURINO

ANDREA SIMONETTI por Eu e Meu Guarda-Chuva
BIA SALGADO por Chico Xavier
CLÂUDIA KOPKE por O Bem Amado
CLÁUDIA KOPKE por Tropa de Elite 2
KIKA LOPES por Quincas Berro D’ Água


MELHOR MAQUIAGEM

ANA VAN STEEN por Eu e Meu Guarda-Chuva
ANA VAN STEEN por Lula, O Filho do Brasil
LU MORAES por O Bem Amado
MARISA AMENTA por Quincas Berro D`Água
MARTIN MACIAS TRUJILLO por Tropa de Elite 2
ROSE VERÇOSA por Chico Xavier


MELHOR EFEITOS VISUAIS

ANDRÉ WALLER, BRUNO VAN ZEENBROECK, FABRÍCIO NAVARRO e
HENRIQUE FERNANDES (Invaders FX), por Tropa de Elite 2
DARREN BELL, GEOFF D. E. SCOTT e RENATO TILHE por Nosso Lar
LUCIANO NEVES (TRIBO POST) por Quincas Berro D’́Água
MARCELO SIQUEIRA por Eu e Meu Guarda-Chuva
TAMIS LUSTRE por Chico Xavier


MELHOR ROTEIRO ORIGINAL

BRÁULIO MANTOVANI e JOSÉ PADILHA por Tropa de Elite 2
BRUNO MAZZEO, JOÃO AVELINO e ROSANA FERRÃO por Muita Calma Nessa Hora
JOSÉ ANTONIO DA SILVA, OFICINA NÓS DO MORRO, OFICINA OBSERVATÓRIO DE FAVELA, RAFAEL DRAGAUD, RODRIGO CARDOZO e VILSON DE OLIVEIRA por 5 x Favela, Agora Por Nós Mesmos
KARIM AINOUZ e MARCELO GOMES por Viajo Porque Preciso, Volto Porque te Amo
LUIZ BOLOGNESI por As Melhores Coisas do Mundo
MARCELO SABACK e PAULO CURSINO por De Pernas pro Ar
MELANIE DIMANTAS e PAULO HALM por Olhos Azuis


MELHOR ROTEIRO ADAPTADO

ADRIANA FALCÃO, BERNARDO GUILHERME, MARCELO GONÇALVES e TONI VANZOLINI por Eu e Meu Guarda-Chuva. Adaptado da obra “Eu e Meu Guarda-Chuva” de Branco Mello, Hugo Possolo e Ciro Pessoa.
CLAUDIO PAIVA e GUEL ARRAES por O Bem Amado. Adaptado da obra “O Bem Amado” de Dias Gomes.
ESMIR FILHO e ISMAEL CANEPPELE por Os Famosos e os Duendes da Morte. Adaptado da obra “Os Famosos e os Duendes da Morte” de Ismael Caneppele.
MARCOS BERNSTEIN, AC por Chico Xavier. Adaptado da obra “As Vidas de Chico Xavier” de Marcel Souto Maior.
SÉRGIO MACHADO por Quincas Berro D Água. Adaptado da obra “A morte e a morte de Quincas Berro D ́água” de Jorge Amado.


MELHOR MONTAGEM FICÇÃO

DANIEL REZENDE por As Melhores Coisas do Mundo
DANIEL REZENDE por Tropa de Elite 2
DIANA VASCONCELLOS, ABC por Chico Xavier
KAREN HARLEY por Viajo Porque Preciso, Volto Porque te Amo
QUITO RIBEIRO por 5 x Favela, Agora Por Nós Mesmos


MELHOR MONTAGEM DOCUMENTÁRIO

BERNARDO PIMENTA por Utopia e Barbárie
CLÁUDIA RITA OLIVEIRA por José e Pilar
DANIEL GARCIA e MAIR TAVARES por O Homem que Engarrafava Nuvens
JORDANA BERG por Uma Noite em 67
RAPHAEL ALVAREZ por Dzi Croquettes


MELHOR SOM

ALESSANDRO LAROCA, ARMANDO TORRES JR. e GEORGE SALDANHA por Nosso Lar
ALESSANDRO LAROCA, ARMANDO TORRES JR. e JOSÉ MOREAU LOUZEIRO por Quincas Berro D`Água
ALESSANDRO LAROCA, ARMANDO TORRES JR. e LEANDRO LIMA por Tropa de Elite 2
ALESSANDRO LAROCA, ARMANDO TORRES JR. e LOUIS ROBIN por As Melhores Coisas do Mundo
BRANKO NESKOV, CARLOS ALBERTO LOPES, CAS e SIMONE
PETRILLO por Chico Xavier


MELHOR TRILHA SONORA

BETO VILLARES por Quincas Berro D`Água
BID por As Melhores Coisas do Mundo
CRISTOVÃO BASTOS por A Suprema Felicidade
GUTO GRAÇA MELLO e MV BILL por 5 x Favela, Agora Por Nós Mesmos
GUTO GRAÇA MELLO por O Homem que Engarrafava Nuvens


MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL

ADRIANA CALCANHOTO, BRUNO PALAZZO, CAMANÉ, FILIPE PINHEIRO, LUÍS CILIA, NOISERY, PEDRO GRANATO e PEDRO GONÇALVES por José e Pilar
CLÁUDIO LINS e CLÁUDIO TOVAR por Dzi Croquettes
EGBERTO GISMONTI por Chico Xavier
JAQUES MORELENBAUM por Olhos Azuis
PEDRO BROMFMAN por Tropa de Elite 2


MELHOR CURTA-METRAGEM FICÇÃO

ALGUÉM TEM QUE HONRAR ESTA DERROTA dirigido por Leonardo Esteves
AVÓS dirigido por Michael Wahrmann
ENSAIO DE CINEMA dirigido por Allan Ribeiro
EU NÃO QUERO VOLTAR SOZINHO dirigido por Daniel Ribeiro
RECIFE FRIO dirigidopor Kleber Mendonça Filho


MELHOR CURTA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO

AVE MARIA OU MÃE DOS SERTANEJOS dirigido por Camilo Cavalcante
DOIS MUNDOS dirigido por Thereza Jessouroum
FAÇO DE MIM O QUE QUERO dirigido por Petrônio Lorena e Sérgio Oliveira
GERAL dirigido por Anna Azevedo
URBE dirigido por Marcos Pimentel


MELHOR CURTA-METRAGEM ANIMAÇÃO

ANJOS DO MEIO DA PRAÇA, OS dirigido por Alê Camargo e Camila Carrossine
BONEQUINHA DO PAPAI dirigido por Luciana Eguti e Paulo Muppet
EU QUERIA SER UM MONSTRO dirigido por Marão
MENINA DA CHUVA dirigido por Rosaria
TEMPESTADE dirigido por Cesar Cabral


MELHOR LONGA-METRAGEM ESTRANGEIRO

FITA BRANCA, A (Das Weisse Band, ficção, Alemanha) – dirigido por Michael Haneke. Distribuição: Imovision.

ORIGEM, A (Inception, ficção, USA / Reino Unido) – dirigido por Christopher Nolan. Distribuição: Warner Bros.

PEQUENO NICOLAU, O (Le Petit Nicolas, ficção, França) – dirigido por Laurent Tirard. Distribuição: Imovision.

REDE SOCIAL, A (The Social Network, ficção, USA) – dirigido por David Fincher. Distribuição: Sony Pictures.

SEGREDO DOS SEUS OLHOS, O (El Secreto de Sus Ojos, ficção, Argentina / Espanha) – dirigido por Juan José Campanella. Distribuição: Europa Filmes.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Trabalhar cansa

Naturalmente, Cannes rendeu algumas entrevistas.
Uma delas está indo ao ar precisamente agora, na Rádio Roquette Pinto, com os diretores Juliana Rojas e Marco Dutra, que exibiram seu primeiro longa, "Trabalhar cansa", na Croisette.
Acredito que ao ler este post vc já tenha perdido o programa. Mas não fique triste! A internet é uma grande amiga dos programas de rádio, e basta vc entrar no cinemaemsintonia.podomatic.com que... voilá! Pode ouvir o pograma.

Marco e Juliana trabalham bem juntos desde a faculdade. Têm dois curtas, "Lençol branco" e "Um ramo". Este segundo tb foi a Cannes há alguns atrás e ganhou prêmio. Traz no elenco o mesmo casal que atua em "Trabalhar cansa": Helena Albegaria e Marat Descartes.

Acho muito interessante essa opção de dar continuidade a um trabalho com atores. Há um tom que especialmente Helena emprega e impregna nas duas atuações e que os diretores parecem não apenas gostar como se aproveitar para as filmagens.

"Trabalhar cansa" não levou prêmio, e confesso que não sei como foi a repercussão na imprensa, mas eu gostei do filme. É um tanto incômodo, tenso, tem uma história estranha, mas me prendeu do início ao fim.

Não sei quando entrará no circuito, certamente ainda tem um rol de festivais pela frente antes de chegar no cinema mais perto de vc, mas se vc ouvir o CINEMA EM SINTONIA já terá uma idéia do que se trata. Espero que te leve a assití-lo.

CINEMA EM SINTONIA, o programa que traz o cinema brasileiro até vc.
Todas as quartas, na Roquette Pinto (94,1FM) ou no podcast cinemamesintonia.podomatic.com

Aproveite!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Jet Leg ou Parrí est cinemá




Alguém escreveu recentemente a respeito da importância do caminho e do tempo que nele reside o necessário para migrar. Hum, profundo isso, deu pra entender? Deixa eu ler de novo para ver se eu entendi o que escrevi.
Sim, é isso mesmo. Quero dizer que o deslocamento de um lugar para o outro exige seu próprio tempo. O tempo que vc precisa para entrar, viver e sair deste lugar enquanto caminha para outro. (Porisso deixei de desejar o transporte molecular de Star Trek, embora seja algo incrível, não é mesmo?) Afinal, as experiências que vivemos numa viagem tendem a ser fortes, importantes, por muitas vezes, inesquecíveis. Já não disse alguém que o que importa mesmo é o caminho, nesta vida?

Mas vou deixar de enrolações filosóficas para dedicar o post ao fim da minha viagem cinematográfica. Sim, porque concluí que nesses dias vivi um roteiro de cinema, do qual, como bem disse minha amiga Anna, fui a protagonista. Foi muito bom.

Depois de Cannes, passei dois dias em Paris. Registrei aqui alguns dos cinemas que vi pela cidade no dia em passei cruzando suas ruas, o quanto aguentei.

E me rendi. Paris, Je t'aime!



















segunda-feira, 16 de maio de 2011

Au revoir






















Dia 17




Hoje é meu último dia em Cannes.
Ontem, quando voltava da Croisette para a Boca, vim com um sorriso nos lábios. Estava banhada de alegria pelos dias que passei aqui. Fui premiada com passeios, amizades, possibidades de trabalhos futuros e principalmente, aquele enorme e indescritível prazer de conhecer outro lugar. É tão bom. É tão lindo.

A rota migratória de minha alma seguindo sempre pro Norte. Sul. Leste. Oeste.
Ao centro, a la dentro.
Salut.

Lua cheia em Cannes





Pensei no que queria dizer vindo no caminho da Croisette para cá. E era muita coisa.
Mas o tempo aqui voa e agora não posso postar nada senão isso.
C'est la vie.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Uma, eu te amo!





Depois de dormir às 5h30 da manhã, claro que perdi le petit déjeuner. Mas tudo bem, eu durmo muito pouco e não dá para se ter tudo nessa vida.

Saímos para assistir ao filme do Nanni Moretti, “Habemus Papam”. Sentamos super bem, mas dessa vez tinha um cabeçudo na minha frente. Pra vc ver como é que são as coisas, a sala era o Grand Théàtre Lumiére, a principal sala do “complexo” Palais du Cinema, mas sofri para poder ver o filme.

Moretti dá um soco na igreja católica. Como o nome prenuncia, o filme é uma ficção sobre a eleição de um novo papa que... é melhor vc ir ver. Certamente o filme será exibido no Brasil, Moretti é um diretor consagrado, que já ganhou aqui mesmo em Cannes a Palma de Ouro com "O Quarto do Filho" (2001) e é claro que terá distribuidor. Eu sei que os jornais vão entregar tudo que eu não vou dizer, mas não gosto que me contem filme que não vi, então serei coerente e tb não contarei.

Depois da sessão, ficamos naquela “e aí”? Depois de pensar um pouco, resolvemos voltar ao hotel, comer e dar uma descansada. Pedimos aqui em frente, um super restaurantezinho fofo, charmoso e barato uma salada e um crepe de salmão e fomos comer no quartinho mesmo.

Fiquei estressada com um desaparecimento súbito de um post anterior, mas acabei fazendo algo raro: dormi à tarde. Um pouco depois, a Priscila apareceu com um convite para jantarmos com um amigo americano que tinha conhecido no Marché. O convite era promissor: seria no Carlton, um dos hotéis mais chics da Croisette. Modelito noite e vamos lá.

Mas olha, no caminho, vendo ali no calçadão croisettano as pessoas, o telão do Cinema Du Plage e outras coisas mais, o meu lado blasé suburbano falou forte e joguei pro alto o jantar chique. Resolvi tomar sorvete de dois euros vendo o cinema na praia enquanto aguardava minha amiga Vik vir me encontrar.

Vik é uma queridona de todos nós do Festival do Rio, uma inglesa que nasceu e mora até hoje em Santa Teresa. Como eu, Vik gosta de andar e foi a companhia perfeita!

Andamos por uns lados que eu super queria conhecer, umas ladeirinhas por dentro do bairro, cheiiiiia de bares lindos, maravilhosos, típicos e elegantérrimos, com muita gente fazendo boemia. Pinto no lixo!!! Subimos ladeiras acima até chegarmos a um castelo que a gente vê lá de baixo. É um museu. Por acaso estava tendo uma festa de quê? Um croissant para quem respondeu gente de cinema, no caso, canal Plus. Cagamos baldes e ficamos vendo a belíssima paisagem de Cannes pelo alto. Lindo!




Quis voltar por onde tínhamos vindo. Queria agora desfrutar dos barzinhos queridos, queria boemia e gente na veia. Ao descer, cruzamos assim, como quem não quer nada, com um bonitão moreno bem elegante acompanhado de uma loura que já foi mais bonita mas que mantém seu charme. Os nomes? Antonio Banderas e Melanie Grifith. O lado blasé balançou um pouco mas se manteve firme. Dei um sorriso de alegria e mantive o passo.

Acabamos escolhendo um barzinho bem simpático que tinha a cara do nosso bolso.




Ao sentarmos, olhamos pro lado e...gente de cinema, puxa, como vc adivinhou? Mas dessa vez eram uns amigos brasileiros: o curta-metragista (Simpatia do Limão) Miguel de Oliveira, sua esposa e produtora Monica Vilela, o diretor Felipe Joffily (Muita calma nessa hora) e uma moça que eu ainda não conhecia, a super simpática e gentil Alessandra Felix. Juntamos a mesa e ficamos ali, papeando e nos divertindo.

No meio da conversa, olho pro lado e vejo Banderas e Melanie descendo a ladeira. Mostrei para os amigos de mesa, Miguel puxou uns aplausos e foi uma cena muito legal, todos ao redor aplaudindo Banderas passar. Ele, alegrinho que só, deu maior sorrisão, uma remexida nos quadris e seguiu seu caminho.

Continuamos nossa agradável conversa e uns cinco minutos depois, vejo de relance ela, a minha musa, a mulher mais linda o cinema mundial: Uma Thurman.

Genteeeeee!!!!! O que se sucedeu foi algo do fundo da minha alma. Mais rápido do que a espada de Samurai do Kill Bill, com os pulmões cheios e sem ninguém entender nada, eu gritei: UMA, I LOVE YOUUUUUUU!

Miguel e Felipe, quando se deram conta, saíram atrás dela e eu tb claro. Agarrei o braço do Felipe e nós dois, querendo ser os tietes mais educados do mundo, ficamos a dois metros da Deusa Thurman, rindo e babando, não necessariamente nessa ordem. Ficamos ali, parados, até nossa diva entrar num carro e ir embora.

Voltamos felizes e extasiados para a nossa mesa, onde ficamos nos gabando da sorte incrível que a gente teve.

E já são 6h da manhã e eu aqui contando essa história para vcs.
Ai ai...

Hoje o dia será sério (ai ai ai):
13h – entrevista com o elenco de “Trabalhar cansa” para o CINEMA EM SINTONIA.
13h30 - entrevista com os diretores de “Trabalhar cansa” para o CINEMA EM SINTONIA.
14h – espero encontrar Vivian Ostrovsky
Fim da tarde – coquetel no stand do Cinema do Brasil e quem sabe mais alguns depoimentos pro CINEMA EM SINTONIA.
Noite – só conto depois que acontecer para não entrar areia.
Acho que meu petit déjeneur vai precisar ser regado de RedBull.
Bonjour à touts.

Primeiro filme em Cannes



Ontem foi um dia intenso!
Assisti à primeira sessão do brasileiro “Trabalhar cansa”, de Juliana Rojas e Marco Dutra, às 14h, que foi também o primeiro filme que assisti em Cannes. Gente, quando as luzes se apagaram e apareceu a vinheta do Festival, eu sentadinha naquela poltrona suuper confortável da Sala Debussi, olha, devo confessar que foi uma emoção. Meus filhos Ian e Igor sempre me dizem que eu sou blasé pq digo que não me abalo facilmente com essas coisas. Pois olha, filhos, dessa vez sua mãe balançou na base. Bateu na espinha um “Carai, tô assistindo uma sessão privé em Cannes!” Uhuuu!!!

Fui uma das últimas a entrar, a sala estava lotada e não era de brasileiros, ok? A fila para assistir ao filme produzido por Sara Silveira estava enorme e eu e Claude estávamos no grupo das últimas vinte pessoas a entrar. Sara é poderosa!

Sentei na última fileira, mas vi o filme tranquilamente, sem nenhuma cabeça na minha frente. A arquitetura da sala é perfeita, realmente pensada para ter excelente visão da tela, esteja vc sentado no lugar que for. Um luxo.

O filme da dupla de diretores não é um filme fácil, mas eu gostei. É o primeiro longa deles, e tem lá seus tropeços, mas nada que comprometa, muito pelo contrário. Não sou critica e nenhuma grande analisadora, mas reconheço em “Trabalhar cansa” a personalidade impressa em “Um ramo”, curta-metragem dos mesmos autores, que inclusive, investiram na mesma atriz, Helena Albergaria.

Quando o filme acabou, lá fomos nós bater pernas. Andamos prum lado que ainda não tínhamos explorado e descobrimos a praia da Croisette, cheia de barraquinhas de – adivinha! – gente de cinema, com uma enorme estrutura para o Cinema de La Plage.


Andamos, andamos e paramos para comer num lugar legal, com bon marché e boa comida. Aliás, parênteses: como os franceses são simpáticos aqui. Dá até gosto!

Bom, depois de degustar um polet bem picante, fomos para a fila do novo filme de Gus Van Sant, o mesmo diretor de Milk (aquele maravilhoso com o Sean Penn), que eu adoro. Vcs não vão acreditar no tamanho da fila. Eu me dei ao trabalho de gravar com o celular o tamanho da bicha (como dizem os portugueses). Na boa, deu quase 2 min de gravação. Vou tentar postar aqui para quem achar que virei pescadora.



Aí, um detalhe. Essa pessoa que vos escreve tem alta sensibilidade à mudança de água. Como aqui se bebe água da torneira, eu caí nessa asneira, e aí... bom, minha barriguinha parecia a segunda guerra mundial, ou, para ser mais atual, o bombardeio que o Obama fez na cabeça do Osama. Sucumbi. Larguei minha amiguinha na fila e peguei a van para o hotel. Vim sofrer sozinha.

Passei a tarde sofrendo de dor de barriga e de abstinência de internet que não queria dar o ar de sua graça de jeito nenhum. Depois de muita irritação por esses e outros males que rolaram mas que eu nem me darei ao trabalho de comentar, resolvi que eu tinha era que sair daquele quarto correndo. E foi o que eu fiz. Ponto para mim.

A lua estava linda e saí munida do meu gravador para registrar depoimentos para o CINEMA EM SINTONIA dos brazucas que – agora sim - estavam em peso prestigiando a segunda sessão do filme de Rojas, Dutra e Silveira. Encontrei vários amigos queridos, saímos para comemorar a estréia e depois voltamos ao nosso albergue, digo, hotel Maeva.



E vamos interromper novamente que já são 5h20 da manhã e eu ainda não dormi.
Louca!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Festa!





Meu primeiro dia em Cannes poderia se chamar "pernas que te quero andando!". O hotel em que estou hospedada fica a 4km do buchicho. Eu e Claude, minha bat amiguinha, fomos passeando pela Boulevard du Midi atééé chegar à Croisette, onde pudemos observar o belo mar do litoral de Cannes.

Como se sabe, estamos na primavera aqui na França. Camisetinha, roupinha leve e chinelinho?? nããoo! Saímos às 11h da manhã e era um frio que nos fez colocar camisa de manga comprida e casaco, embora eu não tenha aberto mão do meu shortinho dOEstudio que eu adoro! A bem da verdade, no meio do caminho fui tirando tudo, porque o sol é o astro rei e o calor se fez em mim.

Os franceses (ou seriam os europeus, de um modo geral?) tem um jeito particular de encarar a praia. Assim como no Brasil, é um território realmente livre, só que ao contrário de nossa santa terrinha, aqui a maioria das moças - ou não tão moças assim - não abrem mão do bom e velho topless. Noventa porcento das mulheres na praia pagam peitinho legal. E ninguém joga areia nelas porisso, como muito se fez nas praias de Ipanema/Leblon quando a mulherada tentou fazer isso nos anos 80! E vou te dizer, não são apenas as mulheres que tem esse jeito próprio de estar livre nas areias. Eu e Claude vimos um homem, digamos, hãã, nada bonito, tirar calmamente o seu calção, em pé, deixando, hãã, a sua intimidade ao bater da brisa, enquanto colocava um short mais folgadinho e sequinho. Ulalá.

Para quem gosta de um barquinho como eu, chegar à Croisette pela primeira vez é uma comoção. São muuuitos veleiros, lanchas e iates atracados numa linda marina.
Mastros e mastros enfileirados, fazendo uma paisagem que me agrada os olhos. Do outro lado da rua, a hora e a vez da arquitetura francesa que é absolutamente linda, sempre!



Muita gente na rua! Muita gente. Cannes ferve. O Festival de cinema mobiliza a cidade inteira e é hilário ver um bando de pessoas super bem vestidas desfilando com cartazes pedindo convites. Cara de pau e penetra, meu povo, existe em qualquer lugar!

Graças aos céus chegamos cedo para a retirada dos nossos crachás, porque uma hora depois, a fila era quilométrica, parece que o sistema caiu e todo mundo ficou ao sol, às vezes de mala, para receber o seu "passaporte" para o festival.

E olha, a expressão "todo mundo" é quase literal por aqui. Quem não trabalha com cinema talvez não tenha noção de quanta gente envolve esta arte. No Marché du Film, centenas de stands do mundo inteiro, mostrando/vendendo os filmes que estão sendo produzidos, sendo visitados por milhares de pessoas falando todas as línguas. Business puro!


Em frente ao Palais du Cinema, ou melhor dizendo, por toda extensão ao seu redor, a rua é protegida por grades de ferro, onde a galera fica que nem no Círio de Nazaré, em Belém, sentadinho em cadeiras e escadas querendo ver o astros de cinema, em suas limusines, passarem. O "desfile" começou por volta das seis da tarde. Era smoking e vestidos longos por toda a parte, mas principalmente saindo do Majestic Barriere, hotel dez estelas aqui na Croisette.

Depois de um delicioso fim de tarde degustando vinho rosé na companhia de Wilson Feitosa e Priscila Miranda, nossa parceira de quarto, eu e Claude retornamos ao hotel para colocarmos nosso modelito "noite".

E vou dar uma pausa porque esse post já tá longo demais!

En Cannes




Bonjour à touts. Je suis en Cannes!!

Olá todos!

Respirei fundo, atravessei o Atlântico e vim conhecer este que é o maior festival de cinema do mundo na atualidade.

O Festival de Cannes chega à sua 64ª edição. São sessenta e quatro anos de cinema na cidade que fica na famosa Côte d'Azur, belíssima região que faz jus ao nome.

Nesse período, a cidade ferve.
Ontem, no ônibus que me trouxe do aeroporto à cidade, não tinha lugar para tantas pessoas com suas malas, equipamentos e etceteras. Gente de todo lugar do mundo, falando inglês, francês, espanhol, chinês! Foi até divertido.

É claro que tem quem não passe por esses apertos e cheguem do aeroporto de helicópeto. São os grandes astros do cinema mundial chegando para a festa de abertura, que será hoje, dia 11 de maio, às 19h daqui, duas da tarde daí.

No tapete vermelho vão passar o presidente do juri deste ano, o ator Robert de Niro, a fabulosa Uma Thurman, o bonitão Jude Law, e ainda falaram de Brad Pitt e Angelina Jolie. Será?

O filme de abertura é o novo do diretor americano Woody Allen, chamado "Meia-noite em Paris".

O Brasil está representado por 4 filmes. Um deles está na mostra competitiva, o longa "Trabalhar cansa", de Juliana Rojas e Marco Dutra, que estiveram presentes em Cannes com outros três curtas-metragens em outros anos.

E eu, estarei por aqui, tomando um solzinho, comendo um croissantzinho, e contando as novidades para vcs.

À plus tard!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

SEMANA ABC / PRÊMIO ABC




http://www.abcine.org.br/uploads/pdf/semanaabc2011_programacao_4.pdf



Os principais profissionais técnicos e criativos do cinema nacional estarão mobilizados, entre os dias 4 a 7 de maio, para a Semana ABC / Prêmio ABC de Cinematografia. Organizado pela Associação Brasileira de Cinematografia, o evento, que acontece há 10 anos (prêmio) alternadamente entre o Rio de Janeiro e São Paulo, é um grande sucesso entre os profissionais e demais interessados no mercado cinematográfico.

Criada em 2003, a Semana ABC reúne seus associados para se atualizarem e entrarem em contato com as novidades tecnológicas da indústria cinematográfica. Neste ano, a Semana acontece na PUC/Rio, e traz Affonso Beato, Adrian Teijido, Jeffrey Reyes e outros nomes altamente gabaritados para abordarem temas relativos às novas tecnologias e ao mercado audiovisual.

Como é de praxe, a Associação presta homenagem a um grande profissional de cinema. Walter Lima Júnior é o cortejado do ano. Esse famoso diretor niteroiense é autor de uma obra incontestavelmente rica, iniciada em 1965 com “Menino de Engenho”, e que já foi premiado diversas vezes, inclusive com um Urso de Prata do Festival de Berlim, pelo filme “Brasil ano 2000”(1969).

A homenagem será realizada na noite do Prêmio ABC, marcada para o dia 7 de maio, em grande festa no Iate Clube do Rio de Janeiro, quando também serão divulgados os eleitos melhores do ano pelos associados.

A votação, feita exclusivamente por membros da Associação Brasileira de Cinematografia, será concluída até o dia 30 de abril de 2011.

Concorrem ao Prêmio, os filmes brasileiros lançados durante o ano de 2010. Os longas-metragens concorrem a quatro grandes prêmios:
Prêmio de Melhor Direção de Fotografia,
Prêmio de Melhor Som,
Prêmio de Melhor Direção de Arte,
Prêmio de Melhor Montagem.

A ABC também premia nas seguintes categorias:

Prêmio de Melhor Fotografia de Curta-Metragem
Prêmio de Melhor Fotografia de Programa de Tv;
Prêmio de Melhor Fotografia de Filme Comercial;
Prêmio de Melhor Fotografia de Filme Estudantil (Selecionados a partir de indicações feitas por professores das Universidades participantes);

Os longas concorrentes deste ano são:

Melhor Direção de Fotografia
Chico Xavier – Nonato Estrela, ABC
Os Famosos e os Duendes da Morte – Mauro Pinheiro Jr, ABC
Olhos Azuis – Nonato Estrela, ABC
A Suprema Felicidade – Lauro Escorel, ABC
Tropa de Elite 2 – Lula Carvalho

Melhor Direção de Arte
O Bem Amado – Cláudio Amaral Peixoto
Chico Xavier – Cláudio Amaral Peixoto
Os Famosos e os Duendes da Morte – Marcelo Escañuela
A Suprema Felicidade – Tule Peake
Tropa de Elite 2 – Tiago Marques Teixeira

Melhor Som
Chico Xavier – Carlos Alberto Lopes, Simone Petrillo, Branko Neskov, CAS
Os Famosos e os Duendes da Morte – Geraldo Ribeiro, Martin Grignaschi
As Melhores Coisas do Mundo – Louis Robin, Alessandro Laroca, Armando Torres Jr
A Suprema Felicidade – Romeu Quinto, ABC; Miriam Biderman, ABC; Ricardo Reis, Jose Luis Sasso
Tropa de Elite 2 – Leandro Lima, Alessandro Laroca, Armando Torres Jr

Melhor Montagem
5x Favela - Agora Por Nós Mesmos – Quito Ribeiro
As Melhores Coisas do Mundo – Daniel Rezende
A Suprema Felicidade – Letícia Giffoni
Tropa de Elite 2 – Daniel Rezende
Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo – Karen Harley