sexta-feira, 29 de maio de 2009

Coisas que a gente fica sabendo

Sessão Agenda.

O jornalista, fotógrafo e produtor de cinema Luiz Carlos Barreto é o primeiro homenageado com uma exposição que traça um panorama de sua trajetória profissional a partir de seu arquivo de fotos, cartazes e documentos, além de vídeos inéditos: a exposição “Luiz Carlos Barreto Quadro a Quadro” inaugura nesta sexta, 29.05.2009, a série “DNA Carioca” do Centro Cultural da Justiça Eleitoral, criada para homenagear grandes nomes da cultura do Rio.

Luiz Carlos Barreto Quadro a Quadro
De 30 de maio a 26 de julho de 2009 (quarta a domingo)
Das 12 às 19h no Centro Cultural da Justiça Eleitoral
(Rua Primeiro de Março, 42, Centro, Rio de Janeiro, RJ)
Entrada franca / Informações: (21) 2253-7566

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Mulheres na direção = FEMINA



Eu estava meio inquieta antes de sair de casa, mas atribuo isso à semana, cheia de trabalho e responsabilidades. Mas o fato é que, de tão ansiosa, não aguentei o ritmo lento do motorista do ônibus que peguei para ir pra rádio e no meio do caminho desci e peguei um táxi. Não que eu estivesse atrasada, mas vou contar para vcs, quando eu vou me apresentar, seja no rádio, no Festival do Rio, nas minhas performances acrobáticas, eu preciso chegar cedo ao local. Isso não é apenas para me concentrar, mas para me dar uma tranquilidade de saber que já estou ali, pensar no que vou fazer, enfim, fazer as coisas com calma e tempo farto. Meus convidados não tiveram a mesma sorte que eu. Pegaram maior trânsito e chegaram exatamente às 20h, hora em que o programa começa. Ao vivo. É pq eu não rôo unha, pq se roesse, tinha chegado no sabugo. Tem idéia do que é imaginar que o seu programa, todo pautado numa entrevista, não terá entrevistado? É punk. Mas é claro que eles chegaram. Tão assustados como eu, hehehe. E assim, com os cabelos em pé e o coração acelerado, começamos o CINEMA EM SINTONIA desta quarta-feira.
Paula e Eduardo são diretores do FEMINA - Festival Internacional de Cinema Feminino. Em sua sexta edição, o FEMINA vai ganhando um corpinho mais avantajado, cheio de atrativos e charme. Pra começar, ganhou a chancela do Ano da França no Brasil. Graças a isso, terá como filme de abertura o francês "Stella", filme inédito no Brasil premiado recentemente em Veneza e em Flandres. Pelo mesmo motivo, fará uma homenagem à escritora Simone de Beauvoir , com a exibição do filme CINQUANTENAIRE DU DEUXIÈME SEXE, 1949-1999, de Carole Roussopoulos, comemorando os 60 anos de um dos seus mais famosos livros, "O Segundo Sexo". Tudinho tudinho de graça na Caixa Cultural (Av. Almirante Barroso 25 - Estação Carioca do Metrô). Eles falaram muito mais, mas eu não vou contar tudo não. Se quiser saber, clica no podcast do CINEMA EM SINTONIA: http://cinemaemsintonia.podOmatic.com. Divirta-se!

terça-feira, 26 de maio de 2009

Luciano Trigo, Neville de Almeida e debate na mostra Erotismo no Cinema

Fui checar meus emails e recebi esse texto do Luciano Trigo, tb redator de blog sobre cinema.
Achei deveras interessante e compartilho com vcs.

Leia e comente o texto completo em
Depois da exibição de seu filme A Dama do Lotação na Caixa Cultural do Rio de Janeiro, na terça-feira à noite - parte do ciclo “O Erotismo no Cinema Brasileiro” - o cineasta Neville D’Almeida aproveitou o debate com a atriz Maria Lucia Dahl, o jornalista Rodrigo Fonseca e o curador da mostra, Hernani Heffner, para soltar o verbo. Contestando logo a primeira fala de Maria Lucia, que atribuiu à censura da ditadura o fim dos filmes políticos do Cinema Novo e a ascensão da pornochanchada, Neville foi enfático:

_ O Cinema Novo não foi prejudicado pela ditadura militar. Ao contrário, ele prosperou na ditadura, que financiou, através da Embrafilme, todos aqueles filmes. E, que eu saiba, nenhum cineasta foi forçado a se exilar.

Exibida numa cópia 35 mm em péssimas condições, cheia de riscos e desbotada, ainda assim A Dama do Lotação agradou bastante à platéia que lotou o auditório da Caixa. Vale lembrar que o filme, de 1978, fez cerca de 6,5 milhões de espectadores nas salas de exibição - mais que o festejado Se eu fosse você 2 faria 30 anos depois. De fato, é uma das adaptações mais felizes da obra de Nelson Rodrigues para o cinema, além de contar com a nudez de uma exuberante Sonia Braga no auge da beleza e da fama (basta ver foto acima…).

Provocada por Heffner, que perguntou se o cinema brasileiro atual não está muito recatado, Maria Lucia Dahl, que atuou em alguns filmes eróticos hoje clássicos, como Giselle, de 1982, disse que o erotismo nas telas dos anos 70 foi uma forma de expor a hipocrisia da sociedade da época:

_ As pessoas fingiam que os casamentos eram perfeitos, que todos eram felizes e fiéis. O mundo mudou, e hoje as coisas são feitas de forma mais transparente, então os filmes não têm mais nada novo a mostrar. Em termos de erotismo tudo já foi dito.

Neville voltou a discordar, aproveitando o gancho para atacar o que chamou, ironicamente, de “Cinema Mauricinho“. A expressão vem se somar a outras que criticam as nossas produções contemporâneas, como “Cinema Novinho” e “Cosmética da Fome”:

_ O cinema que triunfou no Brasil é careta, não mostra nada, é um Cinema Mauricinho, que só se preocupa em agradar o público e tentar adivinhar o seu gosto. Esta é uma pretensão ridícula. São filmes bonitinhos, mas que não dizem nada, não mostram nada. E são totalmente feitos com o dinheiro do contribuinte, ninguém mais coloca a mão no bolso! Além disso, os cineastas que conseguem filmar são sempre os mesmos, um grupo de bem nascidos. Vivemos nas trevas da hipocrisia! Eu acho que hoje as novelas da televisão estão melhores que os filmes brasileiros!

Apesar de estar sem filmar longas desde Navalha na Carne, de 1997, Neville afirmou fazer essa crítica não por ressentimento, mas por amor ao cinema brasileiro. Lembrando que conheceu dois extremos em sua carreira - dirigiu alguns dos filmes brasileiros mais assistidos de todos os tempos, mas fez também alguns filmes que nunca foram vistos, proibidos pela Censura - Neville acredita que vivemos um momento maravilhoso.

_ Pela primeira vez em 10 mil anos, hoje qualquer pessoa pode chegar em casa e fazer seu próprio filme, sobre sua famíla, seus desejos, seus sonhos, seus traumas. Imaginem se o Glauber Rocha tivesse uma câmera digital nas mãos! Era tudo que ele precisava. O digital vai provocar uma revolução na produção e na exibição. As telas se multiplicam nos celulares e nos computadores. Essa revolução vai resgatar a paixão pelo cinema brasileiro e acabar com esses diretores que acham que só eles podem e sabem fazer filmes, e que o cinema brasileiro é deles.

Neville está preparando uma mostra com os 80 curtas e micro-metragens que fez nos últimos cinco anos. A mostra vai se chamar “Neville sem Lei”, porque o cineasta não usou nenhuma lei de incentivo. Ele acha que o modelo atual de fomento deve ser aprimorado.

_ Já temos uma estrutura de produção montada e funcionando, mal ou bem são feitos 80 filmes por ano. O problema a ser atacado agora é a distribuição e a exibição. O BNDES devia financiar a construção de cinemas em municípios que não têm nenhuma sala. E tem que haver mais compromisso. Hoje, tem diretor que pensa: “O dinheiro é do contribuinte mesmo, então estou me lixando se o filme só vai ficar uma semana em cartaz”. Claro, ele já ganhou o dele! O que não pode é alguém assim fazer um filme de 3 milhões que não dá nenhum retorno e no ano seguinte voltar e pedir mais 5 milhões para fazer outro!

Filmografia de Nevile D’Almeida como diretor:

1997 - Navalha na Carne
1991 - Matou a Família e foi ao Cinema
1982 - Rio Babilônia
1980 - Música Para Sempre
1980 - Os Sete Gatinhos
1978 - A Dama do Lotação
1973 - Surucucu Catiripapo
1972 - Gatos da Noite
1971 - Mangue Bangue
1971 - Piranhas do Asfalto
1970 - Jardim de Guerra

Chris Marker. Não sabe quem é? Pois fique sabendo.



Mais uma dica boa para quem passa por aqui.

A mostra começou ontem no CCBB/RJ, mas depois vai pra SP e Brasília também.
O Xiquinho e o Rafael vão amanhã (quinta 28) comigo na Roquette Pinto para falarem da mostra. Enquanto isso, dêem uma olhada nestas completas informações sobre o mestre Chris Marker.

Chris Marker, bricoleur MULTIMÍDIA

- inovador e misterioso realizador francês tem retrospectiva com 33 filmes, vídeos e programas de TV

- parte do Ano da França no Brasil

- Rio de Janeiro de 26/05 a 7/06
(Brasília de 16 a 28/06 e São Paulo de 24/06 a 5/07)



A mostra "Chris Marker, bricoleur multimídia" reúne pela primeira vez no Brasil 33 dos títulos mais significativos do realizador, incluindo filmes, vídeos e séries para TV – como a série “Falamos de...”, definida como “de contra-informação”, que em dois episódios focaliza o Brasil da ditadura militar, tratando de torturas e do militante Carlos Marighela.

A inédita retrospectiva vai exibir o curta “La Jetée” (curta-metragem que inspirou o longa “Os 12 Macacos”), documentários sobre cineastas como o japonês Akira Kurosawa e o soviético Andrei Tarkovsky, o filme “Sans Solei” - impressionante mistura de ficção e documentário para abordar a memória das imagens e das emoções entre outros. Abaixo lista completa.

Autor de obra influente, porém pouco exibida, Chris Marker estimula o mistério em torno de sua pessoa, não concedendo entrevistas nem se deixando fotografar. Quando lhe pedem uma fotografia, Marker oferece a fotografia de um gato ou o desenho de seu alter-ego, o gato Guillaume-en-Egypte (o nome do seu gato na vida real).

O evento também promove um debate sobre o diretor (dia 28 de maio) e publica um catálogo-livro com resenhas, ensaios e artigos de autores do Brasil e do exterior - incluindo textos inéditos -, além da filmografia comentada e uma entrevista com Marker. Entre outros nomes, assinam os textos Arlindo Machado, Consuelo Lins, Raymond Bellour, Michael Shamberg e Anatole Dauman.

Com patrocínio do Banco do Brasil, "Chris Marker, bricoleur multimídia" é uma realização do Centro Cultural Banco do Brasil. Parte das atividades do Ano da França no Brasil, o evento tem organização e curadoria de Rafael Sampaio e Francisco Cesar Filho e a produção é da Klaxon Cultura Audiovisual.


sobre Chris Marker e sua obra

A carreira de Chris Marker como cineasta foi alavancada em 1953, na co-direção com Alain Resnais do clássico curta-metragem “As Estátuas Também Morrem” (que será exibido na mostra em 35mm), um dos primeiros filmes anti-colonialistas e um ensaio agudo sobre a violência cultural exercida pelos brancos sobre a cultura africana.

O curta-metragem “La Jetée” (1962), obra-prima do cinema fantástico e o único filme de ficção do diretor, conta a história de uma experiência de viagem no tempo num futuro pós-nuclear. Construído por meio de uma fotomontagem a preto-e-branco acompanhada de narração e efeitos sonoros, este filme foi a inspiração que levou Mamoru Oshii a conceber “The Red Spectacles” (1987) e inspiração de Terry Gilliam para “Os 12 Macacos” (1995, com Bruce Willis e Brad Pitt).

Outro destaque é o vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim de melhor documentário “Descrição de Um Combate” (1960), analisa o Estado de Israel enquanto jovem nação que começava a construir o futuro. Já em “Descrição de Uma Memória” (2007), também incluído na programação, o diretor israelense Dan Geva investiga o processo e o legado do “Descrição de Um Combate”.

Marker é um dos responsáveis pelo “Longe do Vietnã” (1967), um ‘filme manifesto’ contra a guerra do Vietnã considerado como um dos projetos coletivos mais importantes da história do cinema e co-assinado por Jean-Luc Godard, Joris Ivens, William Klein, Claude Lelouch, Alain Resnais, Agnés Varda e Michele Ray.

Outro destaque é a série “Falamos de...”, realizada entre 1969 a 1973, quando o autor passou a dedicar-se à realização de uma série de documentários curtos de contra-informação. São cinco episódios: “Falamos de Praga: O Segundo Processo de Artur London” (personagem vitima do último grande julgamento stalinista no Leste Europeu e autor do livro que deu origem ao longa “A Confissão”, de Costa-Gravas), “Falamos do Brasil: Torturas (remontagem de entrevistas realizadas com um grupo de prisioneiros políticos brasileiros que relatam as torturas sofridas nas mãos da ditadura militar), “Falamos do Brasil: Carlos Marighela” (sobre o militante político Carlos Marighela), “Falamos de Paris: As Palavras têm um Sentido. Retrato de François Maspéro” (sobre o ativista e editor de obras de caráter político) e “Falamos do Chile: O que Allende Dizia” (remontagem de uma conversa entre Régis Debray e o presidente chileno Salvador Allende, originalmente filmada pelo cineasta Miguel Littin).

Com referências a Herman Melville e práticas da cultura japonesa, o curta “Viva a Baleia” (co-dirigido com Mario Ruspoli em 1972) é um elogio a esse animal e um alerta sobre sua desaparição iminente. A obra incorpora imagens do documentário antropológico de Mario Ruspoli filmado nos Açores, “Les hommes de la baleine”, de 1956.

Em 1982 Marker finalizou “Sem Sol”, alargando os limites do que era até a data o documentário. Trata-se de uma fusão entre imagens documentais e comentários filosóficos, compostos de forma ficcional, criando uma atmosfera de sonho e ficção científica. Os seus principais temas são o Japão, África, a memória e as viagens. Uma das sequências se passa em São Francisco (Califórnia) e contém várias referências a Alfred Hitchcock e ao seu filme “Um corpo que cai”. O programa exibido em "Chris Marker, bricoleur multimídia" inclui “Junkopia - San Francisco”, feito durante as filmagens de “Sem Sol”. Vencedor do prêmio César de melhor curta-metragem documental, nele obras de artistas desconhecidos que utilizam restos marítimos para fabricar estranhas esculturas criam uma impressionante colagem sonora.

Finalizado em 1985, “A.K. Retrato de Akira Kurosawa” acompanha a realização do filme “Ran”, no qual é apresentado detalhadamente o processo de trabalho do lendário diretor japonês. Mais do que um retrato de um cineasta trabalhando, a obra é uma homenagem e um diálogo com o cinema de Kurosawa, dividida em dez seções rotuladas com caligrafia japonesa.

Uma curiosidade da programação é “Le Bonheur”, produção russa de 1934 dirigida por Alexander Medevdkine, grande ídolo do Marker. O cineasta francês participou ativamente de restauração do filme em 1971, além de assinar a nova edição de som da obra. Já o “O Túmulo de Alexandre” (1993) é uma explícita homenagem de Marker a Medvedkine, em formato epistolar: são sete cartas a seu então recém-falecido amigo nas quais evoca sua obra, a história do cinema e da também recém-extinta União Soviética.

Depois de “Sem Sol”, o cineasta desenvolveu um profundo interesse na tecnologia digital, que o levou ao seu filme “Nível 5” (1996), protagonizado por uma mulher, um computador e um interlocutor invisível e a tarefa de acabar um videogame baseado na batalha de Okinawa.

“Recordações de um Porvir” (feito em 1993 em colaboração com Yannick Bellon) é composto exclusivamente de fotografias, neste caso para construir um novo retrato, o de Denise Bellon, que registrou os surrealistas, a África colonial francesa, os legionários em Magreb, as prostitutas na Finlândia e as esquecidas tentativas dos republicanos de retornar à Espanha de Franco.

Realizado em 1999 para a televisão, “Um Dia de Andrei Arsenevich” é um retrato do cineasta soviético Andrei Tarkovsky traçado conforme sua vida terminava e a batalha com a burocracia soviética. Marker acompanhou as rodagens de “Sacrifício” (em cuja montagem trabalhou até o final, especialmente neste último plano, “talvez o mais difícil da história do cinema”) e chegou a filmar Tarkovsky em seu leito de morte.

Recentemente, seu trabalho tem mostrado experimentações tecnológicas e instalações multimídia, transitando incessantemente entre a imagem e a escrita, a arte da montagem e a arte do comentário, revelando uma “inteligência verbal” e visual. Na programação estão vídeos do principal trabalho multimídia do diretor, a videoinstalação interativa "Zapping Zone" (apresentada por ocasião da exposição "Passages de l'image" no Centro Georges-Pompidou em Paris em 1990): “Um dia na vida de Andrei Arsenevich (Zona Tarkovsky)”, "Slon-Tango (Zona Bestiário)” e "20 Horas no Campo (Zona Bósnia)”,

Autor de obra influente, porém pouco exibida, Chris Marker estimula o mistério em torno de sua pessoa, não concedendo entrevistas nem se deixando fotografar. Quando lhe pedem uma fotografia, Marker oferece a fotografia de um gato ou o desenho de seu alter-ego, o gato Guillaume-en-Egypte (o nome do seu gato na vida real). Sua paixão pelos felinos o aproximou do grafiteiro Monsieur Chat, famoso pelo grafite de um gato sorridente que povoa os muros de Paris, símbolo de resistência e que pode ser conhecido em “Chats Perchés”, documentário de 2004 que constrói um afresco dos novos movimentos que agitam as ruas da capital francesa na onda dos acontecimentos políticos recentes.

Nascido em Neuilly-sur-Seine, em 1921, Chris Marker estudou Filosofia sob a tutela de Jean-Paul Sartre e integrou o movimento de Resistência na França durante a ocupação germânica. Trabalhou como jornalista, crítico de cinema e escritor, tornando-se mais tarde um dos mais importantes documentaristas de seu país. Viajou por muitos países socialistas e documentou em filmes e livros o que viu. Quando editor, foi responsável pela publicação de diversas obras na França, das quais destacam-se dois livros do brasileiro Paulo Emílio Sales Gomes, “Jean Vigo” e “Eisenstein”.


Serviço:
“Chris Marker, bricoleur multimídia"
CCBB Rio de Janeiro: de 26/05 a 07/06/2009
CCBB Brasília: de 16/06 a 28/06/2009
CCBB São Paulo: de 24/06 a 05/07/2009
classificação indicativa: não recomendado para menores de 12 anos.


Patrocínio: BANCO DO BRASIL
Realização: CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL
Organização e Curadoria: FRANCISCO CESAR FILHO E RAFAEL SAMPAIO
Produção: KLAXON CULTURA AUDIOVISUAL


Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro
Rua Primeiro de Março, 66 - Centro Rio de Janeiro RJ - CEP 20010-000
Funcionamento: De terça-feira a domingo das 10h às 21h.
Informações pelo telefone (21) 3808-2020

Ingressos: Sala de CINEMA: R$6,00 meia R$3,00
www.bb.com/br

LGBT e FEMINA

Agendinha pra vcs.

Aliás, os organizadores do FEMINA - Festival Internacional de Cinema Feminino, Paula Alves e Eduardo Cerveira são os próximos entrevistados do CINEMA EM SINTONIA. Amanhã, dia 27 de maio, às 20h, na Rádio Roquette Pinto, 94,1FM.

CINEMA EM SINTONIA. Aqui vc conhece quem faz cinema.


Sexta tem Cineclube LGBT

Programa especial FEMINA:
cinco curtas que mostram visões de mulheres de diferentes países sobre a sexualidade

Sexta, 29 de maio, às 21h, no Odeon Petrobras

A nona edição do cineclube LGBT vai exibir o programa especial do Femina - Festival Internacional de Cinema Feminino, o primeiro evento do gênero no Brasil criado com o objetivo de destacar o trabalho das mulheres no cenário cultural e cinematografico brasileiro e mundial, e promover a igualdade de gênero.

Na programação do LGBT: A sexualidade sob a ótica de diferentes mulheres de diversos países (argentina, frança, suiça, noruega, espanha). Os curtas:

Dias Brancos Argentina, 10min
O casal Mia e J está caindo aos pedaços. A idealização do amor está se dissolvendo dentro da realidade.
Direção: Débora Giammarini

Minha primavera com salto (Mon printemps talons hauts) França, 13min,
A reunião de família não deu certo e Zoe foi mandada embora de casa. Ela perambula pela cidade de Paris e por acaso se redescobre. Quando o novo dia amanhece, uma surpresa espera por ela.
Direção: Viva Delorme Origina


Dançando para a felicidade (Tanz ins Glück) Suíça, 16min
Anna é faxineira. Cada noite ela limpa o escritório de Helen, que é corretora de ações da bolsa de valores.
As duas mulheres vivem em mundos diferentes e normalmente nunca se encontrariam. No entanto elas se matriculam por acaso no mesmo curso de salsa. Devido à ausência de homens, Anna e Helen têm que dançar juntas. Um conto de fadas lésbico falando da possibilidade de ultrapassar as fronteiras sociais.
Direção: Barbara Seiler


Twende Noruega, 24min
Num bar de uma pequena cidade da Noruega, duas mulheres se encontram graças a um mal-entendido. Aquela colisão íntima de cultura, classe, gênero e idade se transforma em um jogo de poder onde as duas examinam a fascinação recíproca.
Direção: Lindsay Sanner


Homo Baby Boom Espanha, 27 min
Em 2005 a Espanha legalizou o casamento entre pessoas do mesmo sexo e também legalizou a adoção, tornando-se um dos poucos países com direitos iguais para os homossexuais. Desde então a vida em família de casais lésbicos ou gays com certeza melhorou, mas ainda existe muito trabalho a fazer. Testemunhe as alegrias e os desafios das seis famílias contando suas historias.
Direção: Anna Boluda

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O femina:
Criado em 2004, o FEMINA é formado por sessões em cinema e vídeo de filmes dirigidos por mulheres e/ou com temática feminina, distribuídas em mostras competitivas ou temáticas, além de debates e palestras que abrangem a atuação do universo feminino em questões política-sócio-culturais.

A sessão de junho do LGBT:
A sessão de junho será montada através da votação do público, portanto enviem suas sugestões de filmes dentre os exibidos no Cineclube para cineclubelgbt@gmail.com
Os mais votados farão parte da sessão.


LGBT: sexta, 29 de maio, às 21h.
Odeon Petrobras
ingressos: R$10,00 (inteira) R$5,00
Os ingressos antecipados serão vendidos a partir das 14h de terça-feira, 26/05, na bilheteria do cinema.

Site: www.cineclubelgbt.com.br
E-mail: cineclubelgbt@gmail.com

sexta-feira, 22 de maio de 2009

O Erotismo no Cinema Brasileiro

Eu estava procurando não sei o quê no O Globo Digital e me deparei com uma matéria sobre a Mostra O Erotismo no Cinema Brasileiro. Me interessei no ato (ops! isso seria um trocadilho?) pelo evento criado pela documentarista Thereza Jessouroun, com curadoria de Hernani Heffner. Antes de continuar devo informar que estou meio atrasada neste texto, até questionei se devia postá-lo, uma vez que a mostra começou na terça passada, dia 19, o que significa que já estamos na metade dela... mas...temos a outra metade, não é mesmo? Então vamos lá.

O Erotismo no Cinema Brasileiro apresenta uma seleção deveras interessante e por vezes até engraçada. Afinal, o humor é um afrodisíaco! Assim sendo, não perca "O Homem do Sputnik", de Carlos Manga, um divertidíssimo exemplar da Chanchada brasileira. Oscarito naturalmente é o protagonista, mas é Norma Benguel quem rouba a cena em sensualíssima paródia à Brigite Bardot.

Sendo mais fiel ao release , digo que também integram a filmografia obras como "Ganga Bruta", de Humberto Mauro, "Histórias que Nossas Babás não Contavam", de Oswaldo Oliveira, "Madame Satã", de Karim Aïnouz, e é claro, muitos com Sônia Braga: "Dona Flor e Seus Dois Maridos", de Bruno Barreto, "A Dama do Lotação", de Neville D'Almeida e "Eu te amo", de Arnaldo Jabor, onde a morena contracena com Vera Fisher, instigando o fetiche de muita gente, ao formar um duo com a loura.

Em entrevista dada na Roquette Pinto, no programa Arte em Movimento - Cinema, com esta que vos escreve, Heffner comenta a forte presença de Sônia na história do erotismo no cinema nacional, especialmente quando protagoniza "A Dama do Lotação". Na opinião d
o curador, neste filme ela não somente é a protagonista, mas "encarna um personagem feminino que toma iniciativas, invertendo os papéis clássicos, quando se transforma num ícone da nova mulher brasileira, deixando de ser o simples objeto de apelo daquele cinema e passa a ser quem conduz a narrativa, tendo pleno controle disso".

Na mesma entrevista, Thereza lembra, e eu repito aqui, que a mostra oferece um mini-curso (com hífen ou sem hífen??) com o Hernani Heffner, gratuito. Sobre o quê? Erotismo no cinema brasileiro, ora! O curso será no sábado, dia 30, na Caixa Cultural, onde aliás, rola tudo isso aí que falamos. Os ingressos estão bem em conta: R$4 e R$2 (meia-entrada). A Caixa Cultural, para quem ainda não conhece, fica na Av. Almirante Barroso 25, pertinho da Estação Carioca do Metrô.

Divirtam-se!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Walter Carvalho no Cinema em Sintonia


Logo após o programa com a Dedina Bernardelli, naturalmente já fiquei pensando em quem convidar para o próximo Cinema em Sintonia. O nome do Walter Carvalho vinha na cabeça com um misto de descrença, dado o fato de Budapeste estar na semana de lançamento nacional e, portanto, certamente a agenda do diretor do filme estar cheia. Por experiência sei que programa de rádio fica sempre em segundo plano nas divulgações. Mas, é como disse um amigo meu, o "não" eu já tinha, o que custava tentar o "sim"? E não é que ele topou?

Fiquei super feliz. Mas, gata escaldada, confesso que só fiquei tranquila às 19h45 de quarta, dia 20, quando ele me disse que estava na esquina do prédio da Roquette Pinto, aqui no Centro do Rio de Janeiro. Fui recebê-lo com o maior sorrisão. Ele tb! De banho recente e perfumado, Waltinho me contou de como tinha tido um dia cheio, com cabines, entrevistas, enfim, um dia de semana de lançamento de filme.

Nada disso porém tirou seu bom humor. O simpático paraibano, um dos melhores fotógrafos de cinema do mundo e diretor de excelentes filmes como Janela da Alma (junto com João Jardim), contou aos ouvintes do Cinema em Sintonia como começou sua carreira, "protegido" pelo irmão Vladimir, quando ele o convidou a fazer seu novo filme:
"- Mas Vladimir, eu ainda estou aprendendo a fazer isso..."
" - Não tem problema. Se vc errar, eu não conto pra ninguém!".

Com este trabalho, ganhou o primeiro prêmio de muitos que estavam por vir.

Ouça o podcast do Walter Carvalho no Cinema em Sintonia. Aqui vc conhece quem faz cinema.

http://cinemaemsintonia.podOmatic.com

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Let's get it started


Foi dada a partida. Dia 6 de maio de 2009 começou o primeiro CINEMA EM SINTONIA, o programa que traz o cinema nacional até você.

Nossa primeira convidada foi Julia Levy, Coordenadora do Núcleo do Audiovisual da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro. A Julia falou sobre o projeto "Cinema para Todos", um programa de incentivo que atua junto a estudantes da rede de ensino estadual, iniciado em novembro de 2008.

Apenas cinco meses depois, mais de cem mil alunos trocaram seus vale-ingressos em salas de cinema parceiras do projeto para assistirem filmes brasileiros.

Por conta desse sucesso a segunda fase do programa, que deveria terminar em abril, foi estendida até 2 de julho! Um novo público está sendo formado já que boa parte das pessoas atendidas não tinha o hábito de ver filmes brasileiros e muitas delas foram ao cinema pela primeira vez através do incentivo criado pelas Secretarias de Cultura e de Educação.

Os cinemas credenciados do programa registraram um aumento em média de 40,3 por cento em sua taxa de ocupação por conta do programa de incentivo.

Além disso, alguns jovens aproveitam esta chance para convidar amigos e familiares para descobrirem a magia do cinema. Os próprios alunos pediram mais tempo para combinar com colegas, levarem namorados, ver novos filmes.

Saiba mais sobre esse assunto ouvindo o CINEMA EM SINTONIA.