7ª CINEOP COMEÇA COM EXIBIÇÃO GRATUITA DE 70 FILMES E PARTICIPAÇÃO DE 65 ACERVOS AUDIOVISUAIS DO PAÍS
Evento presta homenagens a Gustavo Dahl, Roberto Farias e Reginaldo Faria com retrospectiva e debate de suas obras; três espaços da Cidade Patrimônio ganham programação intensa e gratuita durante os próximos seis dias
A abertura oficial da 7ª CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto será dia 21 de junho, a partir das 20h30, no Cine Vila Rica, em Ouro Preto (nesta quarta, a CineOP teve início com a programação de oficinas). O evento oferece até o dia 25 de junho uma programação abrangente e gratuita que reúne 70 filmes – 15 longas, 3 médias e 52 curtas – em 36 sessões em três espaços ouropretanos - o Centro de Artes e Convenções, a Praça Tiradentes e o precioso Cine Vila Rica, fundado em 1957, e ainda hoje uma referência entre as salas de exibição que resistiram ao tempo no interior de Minas Gerais.
Com direção de Chico de Paula, a solenidade de abertura desta edição convida o espectador a embarcar na viagem dos arquivistas e restauradores brasileiros, que são a alma e razão de ser da CineOP. Seus dilemas e desafios, como a transição da era da película para o digital, e os esforços na construção de uma cultura audiovisual democrática e descentralizada estarão presentes na performance ´O Arquivista´ como um prenúncio das temáticas primordiais eleitas para esta edição.
O público também vai assistir as homenagens a três personalidades multifacetadas, que atuaram em diversas frentes do cinema brasileiro desde a década de 60: Gustavo Dahl (in memorian), Roberto Farias e Reginaldo Faria. A solenidade de abertura se encerra com a exibição do filme-homenagem “Pra Frente Brasil”, dirigido por Roberto Farias, com o irmão Reginaldo no elenco.
CULTURA DEMOCRÁTICA E COLABORATIVA
A 7ª CineOP contará com a participação de 95 profissionais de arquivos e acervos de todo o país, representando 65 instituições que zelam pelo nosso patrimônio audiovisual. Em debates, workshops e reuniões de trabalho, o grupo pretende se debruçar sobre o intento de se construir uma cultura de preservação audiovisual democrática e colaborativa.
Como explica Hernani Heffner, pesquisador e conservador da Cinemateca do MAM e curador da temática preservação da CineOP, “o advento das tecnologias de informação mudou radicalmente o modo pelo qual nos relacionamos em meio à sociedade, moldando um novo padrão de identidade e inserção no mundo. A percepção da realidade foi transformada pelo toque do tablet e pela ideia de que tudo deve estar ao alcance deste toque. A era cibernética atua em rede, sem tempo nem espaço definidos, levando à presunção de que tudo está à disposição. Isso criou uma dinâmica irreversível, que não cumpre mais demonizar, mas sim compreender em seus efeitos práticos”.
PRODUÇÃO CONTEMPORÂNEA
Além da exibição dos filmes em homenagem a Gustavo Dahl, Roberto Farias e Reginaldo Faria, a produção contemporânea também marca presença na 7aCineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto. Serão ao todo mais 64 filmes, entre longas, médias e curtas, exibidos ao longo dos seis dias de programação do evento.
Entre os longas estão A Cidade é Uma Só?, de Adirley Queirós (grande vencedor da última Mostra Tiradentes); Corda Bamba – História de uma Menina Equilibrista, de Eduardo Goldenstein; Dino Cazzola – Uma Filmografia de Brasília, de Andrea Prates e Cleisson Vidal;Vou Rifar Meu Coração, de Ana Rieper; e Jorge Mautner – O Filho do Holocausto, de Pedro Bial e Heitor d’Alincourt.
Já os curtas representam a diversidade da produção nacional, com obras de dez estados brasileiros, divididas nas mostras Venturas (com os curtas mais representativos da atual safra), Horizontes (com um panorama dessa diversidade da produção curta-metragista), Curtas na Praça (com exibições ao ar livre), Nova Geração (para a criançada) e Juvenil (para crianças e jovens a partir de 12 anos).
A programação completa da 7ª CineOP você acompanha no site oficial:
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