ENERGIA NUCLEAR NA CINEMATECA DO MAM
De 28 de junho a 14 de julho acontece na Cinemateca do MAM a
segunda edição
do Festival Internacional de Filmes sobre Energia Nuclear.
Os organizadores do
evento destacam que a proposta da mostra é promover um amplo
debate sobre o
tema.
Serão exibidos 48 filmes, inclusive produções motivadas pelo
próprio evento, como é o caso do curta Era uma vez na cidade atômica, rodado em
Pocinhos, na Paraíba. O melhor curta, o melhor longa e a melhor animação receberão
o Oscar Amarelo, prêmio máximo do festival, na cerimônia de encerramento.
A iniciativa é da Ong Arquivo Amarelo, dirigida por Norbert
G. Suchanek e Márcia Gomes. – Buscamos o diálogo, um debate aberto e a
oportunidade de ter o máximo possível de informação disponível sobre a energia
nuclear, que é uma realidade domundo. Nosso objetivo é informar e discutir –
afirma Márcia, diretora executiva da mostra. – É importante saber que, ainda que todas as usinas nucleares
fossem fechadas hoje, seriam necessários técnicos qualificados e conhecimento
sobre os riscos dos resíduos radioativos durante alguns milhares de anos –
explica.
Na abertura oficial, dia 29, um curta experimental do
diretor Peter Greenaway –Bombas atômicas no Planeta Terra (Países Baixos/Reino
Unido, 2011) – mostra, em 12 minutos, todas as 2201 explosões atômicas feitas
pelas cinco potências nucleares mundiais entre 1945 e 1989, com data e nome dos
responsáveis.
Em seguida vem o longa Abrigo nuclear, ficção científica do
brasileiro Roberto Pires, morto em 2001 em consequência de um câncer,
possivelmente por contaminação durante a produção de Césio 137 – O pesadelo de
Goiânia (filme que realizou sobre o primeiro acidente nuclear ocorrido no
Brasil).
De quebra, o público poderá curtir a exposição fotográfica
Atrás da Cortina Atômica (Behind the Atom Curtain), com fotografias realizadas
pelo Grupo Internacional de Fotógrafos Atômicos (The Atomic Photographers
Guild). Está confirmada a presença do fundador da instituição, o fotógrafo
americano Robert Del Tredici. A exposição acontece no hall da Cinemateca do MAM
durante todo operíodo do festival.
Os debates com diretores são uma atração à parte. Dentre as
presenças confirmadas está a de Katherine Aigner, diretora do filme Confissões
atômicas (Australian Atomic Confessions, Austrália/2005), que conta a história
da explosão de 12 bombas atômicas no território australiano pela Grã-Bretanha. Aigner
trabalhou durante 15 anos com os sábios indígenas da Austrália e foi curadora
assistente do Museu Nacional da Austrália, além de ter trabalhado em Berlim e
Roma. O debate com o público acontece dia 30/6, sábado, após a exibição do
filme.
No dia 6 de julho, os diretores italianos Maurizio
Torrealta, autor de A terceira bomba nuclear (Itália, 2008) e Flaviano Masella,
de Quirra é uma lixeira radioativa (Itália, 2011), debatem seus filmes com o
público após a sessão. Os documentários tratam, respectivamente, da
investigação da “terceira bomba nuclear” e de casos de câncer entre pastores de
ovelhas em Quirra, na Sardenha, área de treinamento da OTAN. No dia 7 é a vez
do americano Nathan Meltz, diretor da animação Depois do dia seguinte (EUA,
2011), participar do debate com o público. O curta é alusivo ao célebre filme O
dia seguinte, sobre o dia que se segue à guerra atômica.
Realização: Ong Arquivo Amarelo
Direção geral: Norbert Suchanek
Direção executiva: Márcia Gomes de Oliveira
2º Festival Internacional de Filmes sobre Energia Nuclear (Uranium Film Festival)
De 28 de junho a 14 de julho, na Cinemateca do MAM
Avenida Infante Dom Henrique, 85 – Rio de Janeiro
Ver a programação no site www.uraniofestival.org
Ingressos: R$ 5 (inteira) e R$ 2 (meia entrada)
Entrada gratuita para quem apresentar o canhoto do ingresso
para as exposições
do MAM
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