sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A Descoberta do Mel

(Pedida da minha amiga Elaine Olinda)

O curta "A Descoberta do Mel" concorre ao troféu Câmara Legislativa do Distrito Federal; a direroa Joana Limongi é artista plástica conhecida no circuito de artes de Brasília e tem obras vendidas por todo o Brasil e também no Exterior.
O filme parte de uma idéia diferente: retratar em cena o quadro A Descoberta do Mel, de Piero di Cosimo.
A trilha sonora é do mago Naná Vasconcelos e o filme está na Mostra Brasília do Festival de Brasília e será exibido no dia 22, domingo.

Agradeço a atenção.
Segue release.

beijos,
Elaine


A Descoberta do Mel

Mitologia grega, candomblé e pintura renascentista marcam a estreia da artista plástica Joana Limongi na direção de obra audiovisual

Com direção e roteiro da artista plástica brasiliense Joana Limongi e direção de fotografia do pernambucano Jura Capela, A Descoberta do Mel (curta metragem em 35mm) é inspirado na obra homônima do pintor renascentista Piero di Cosino (Itália, Sec XVI).

O filme foi selecionado para a Mostra Brasília do 42° Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e concorre ao troféu Câmara Legislativa do Distrito Federal. A estreia será no dia 22 de novembro, domingo, às 16h30m, no Cine Brasília (,Entre Quadra Sul 106/107, s/n, Asa Sul).

A Descoberta do Mel é uma homenagem à origem do teatro, unindo elementos do Candomblé, da mitologia grega e da natureza, em cenas que recriam o quadro de Piero di Cosimo através de narrativa não-linear, como se a pintura fosse um fotograma.

“A ideia central do filme é entrar na pintura, todo o filme parte deste princípio: entrar na pintura de Piero di Cosimo. Para tanto, criamos a situação e atmosfera mitológica da pintura e evocamos os personagens retratados como sátiros (seres metade bode, metade gente), Sileno (o velho sábio embriagado em cima do asno), Dioniso e Ariadne. No filme, os sátiros cortejam Dionísio, deus da vegetação, da festa, do êxtase e da metamorfose. Trata-se da descoberta do mel numa esfera mitológica”, explica Joana.

A fotografia de Jura Capela é protagonista do filme, com inspirações na textura do mel. O compositor Naná Vasconcelos – eleito oito vezes como o melhor percussionista do mundo pela revista norte-americana Down Beat – assina a trilha sonora do filme. Naná passou oito horas consecutivas no Fábrica Estúdios, em Recife, compondo a trilha sonora à medida que via as cenas do filme, criando sons para as texturas, as passagens e as sensações das cenas. “O filme une o candomblé com mitologia grega”, resumiu Naná.

A obra é também resultado de pesquisa sobre o Teatro Oficina Uzyna Uzona, dirigido por José Celso Martinez Correa, que foi objeto de estudo de Joana Limongi, hoje Mestre em Artes pela UNB. A dissertação envolve o filósofo alemão Nietzsche, o teatro grego e o deus Dionísio. Outras referências para a linguagem do filme são Glauber Rocha, por suas questões estéticas, o artista multimídia norte americano Mathew Barney e o vídeo artista Bill Viola.

Em maio de 2008, A Descoberta do Mel foi rodado em diferences locações em Brasília: Haras Santa Maria, o Núcleo Rural, o Apicuário Doce Mel e o Parque Olhos D’água. O período de montagem foi realizado em outubro de 2008, em Recife. Já a finalização foi feita em São Paulo, nos estúdios Mega e Megacolor, em maio de 2009.

O filme A Descoberta do Mel foi viabilizado através do FAC (Fundo de Apoio à Arte e à Cultura do Distrito Federal), tendo também patrocino da Petrobrás e, como apoiadores, o advogado Estênio Campelo, o apiário Doce Mel, a Pro´Active Language Institute e as produtoras Olhar Multimídia e Ossos do Ofício.



JOANA LIMONGI, DIRETORA



Joana Limongi é brasiliense, começou a pintar aos 12 anos e, aos 18 passou a trabalhar profissionalmente com pintura e hoje é mestra em Artes pela UNB. Realizou diversas exposições individuais, sempre com todas as peças vendidas. Publicou em 2006 o catálogo Maria Brasileira Limongi, que reúne 54 obras, selecionadas entre 200 produzidas ao longo de sete anos de carreira.



A artista busca inspiração para seus quadros na vida cotidiana e na obra do artista plástico Carybé. Joana condensa em suas obras tudo o que lê, escuta e vivencia. “Minhas telas são a mistura de várias influências, com essência brasileira. Pinto o cotidiano, o carnaval, o Brasil e seu imaginário popular brasileiro”, explica.

“Muita gente que conhece meu trabalho recebe com certo estranhamento o fato de eu estar fazendo cinema. Na minha visão isso é um processo natural. São linguagens diferentes, mas existe muito da pintura no cinema, a começar pelo próprio “enquadramento”. Vejo essa minha inserção no cinema não como uma ruptura com a pintura, mas sim como uma passagem natural, uma continuidade. A pintura criou minha base. Eu já queria fazer cinema enquanto fazia pintura, e fui me aproximando desse desejo”, diz Joana.

TEXTO E DIVULGAÇÃO: Elaine Olinda de Azevedo

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